Irei publicando, progressivamente, as seguintes 7 crónicas (Para que "nenhuma pedra fique por levantar")
...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - (se este ainda estiver vivo).
Aqui deixo (apenas) 6 perguntas que ajudarão a esclarecer o que aconteceu: 1- Quem mais na Praia da Luz, (além do restrito grupo de amigos os "Tapas 7"), SABIA que os McCann deixavam as crianças sozinhas em casa, com a porta da varanda entreaberta para permitir rápidas visitas de inspecção durante os jantares? 2-Quem (estabelecendo desta forma um conveniente e SÓLIDO ALIBI) estava perto do apartamento dos McCann no presumível momento do rapto? 3-Quem DESACREDITOU a versão de Jane Taner de que vira um homem transportando uma criança nos braços? 4-Porque tomaria um presumível raptor, (segundo a versão de Jane Taner) o percurso MENOS SEGURO? 5-Numa rua estreita e tranquila é impossível não detectar a passagem de alguém. QUEM MENTIU: Jane Taner ou Jeremy Wilkins? 6-O preumível raptor transportava uma criança inanimada daquela forma, ou estava também a MOSTRAR a alguém que conseguira consumar o rapto exibindo a criança? English versionhere . 1 -O casal McCann NÃO PODE ser responsável pelo desaparecimento da sua filha Madeleine. 2 - O desaparecimento de Madeleine McCann NÃO se deve à acção de um raptor ocasional. 3 - Robert Murat NÃO raptou Madeleine McCann. As evidências e as impossibilidades. 4 - Os 3 elementos-chave de todo o mistério. 5 - O "pacto secreto" dos amigos do casal McCann resumiu-se presumivelmente em ocultar o acto colectivo de administração de soporiferos às crianças; este, conquanto socialmente reprovável, não é criminalmente sancionável. (Ainda o de mentirem sobre o espaço de tempo que medeava entre cada inspecção ao sono dos filhos. Crianças sedadas não precisam de ser tão cautelosamente vigiadas). 6 - Madeleine McCann saiu com vida do apartamento na Praia da Luz na noite do seu desaparecimento. 7 - Hipótese 1 (50% de possibilidade): O rapto encomendado e planeado desde o Reino Unido. A inevitável participação de um dos nove amigos, presentes no jantar no "Tapas", ou de alguém que, ocasionalmente, se relacione directamente com os Mccann. O perfil de um possível conivente no rapto. 8 - Hipótese 2 (50% de possibilidade): Indívíduo com tendências pedófilas, ex-funcionário de empresa a actuar no Ocean Clube; a residir no perímetro próximo da Praia da Luz. Manterá Madeleine AINDA HOJE em cativeiro. Retrato-robot. 9 - Conclusão. . . Introdução Absolutamente tudo pode ter acontecido a Madeleine McCann; seria estultice não o admitir. Um jovem, aparentemente normal, pode ter saído de casa, percorrer a pé a Rua Doutor Agostinho da Silva, deparar-se com a porta entreaberta de um apartamento do aldeamento Oceano Clube, entrar, raptar a pequena Madeleine, matá-la e enterrá-la no jardim da sua própria casa. As hipóteses avançadas pela imprensa cobrem todo o terreno: foi, rapto, foram os pais, foi a mãe, foram os amigos... só ainda não li nada sobre a eventualidade do crime ser obra dos gémeos Sean e Amelie. Não é disso que trata este conjunto de crónicas. Partindo dos (poucos) factos conhecidos, procuro escalpelizá-los, observá-los à lupa e encontrar a lógica que me permita encaixá-los na realidade, calculando-lhes as diferentes probabilidades de terem acontecido. Este trabalho que estou a fazer aos poucos, (roubando tempo às horas de descanso e entretenimento), é o meu contributo para que Madeleine McCann possa ainda ser encontrada. Na esperança – que sei muito ténue – de que despolete em algum leitor uma qualquer associação de ideias que leve à descoberta da verdade. Obviamente que tudo o que escrevo se baseia nos factos que vão sendo libertados pela polícia para os media. Gostaria de ter acesso a alguns documentos específicos da investigação policial, de saber se determinadas diligências foram feitas; testar algumas suspeitas. Sou apenas um cidadão que parou um pouco para pensar, um “Nero Wolfe” de algibeira. Estou a dar o meu melhor para que esta seja uma reflexão exaustiva, honesta e, se possível, inteligente. Provavelmente alguns detalhes me escaparão, faço figas para que não sejam determinantes na resolução deste mistério.
...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - se este ainda estiver vivo.
...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - se este ainda estiver vivo. . Tudo pode ter acontecido assim!
1 de Maio 2007 Dia do trabalhador. Esta Terça-feira, primeiro dia do mês, é feriado em Portugal. O raptor passeia-se pela praia da Luz e apercebe-se que o “seu” apartamento está ocupado (ou é disso informado pelo verdadeiro mandante do crime). Talvez tenha mesmo visto, em algum momento, as crianças a brincar na varanda ou apenas detectasse o movimento dos ocupantes no interior do apartamento. Fica por ali atento à espera que a família de turistas saia de casa e se possa inteirar de quem a compõe. Aquele é o “seu” apartamento porque possui uma cópia da chave e o conhece detalhadamente. Há muito que espera uma oportunidade de o invadir e raptar uma criança que aí durma tranquilamente. O seu plano é simples: detectar uma criança conveniente entre os ocupantes do apartamento 5-A, seguir os passos da família durante algum tempo e apreender-lhes as rotinas de comportamento. (Saber se deixam à noite a criança deitada à guarda de uma nurse, se voltam tarde, a que horas adormecem) …
Depois é esperar o momento certo e em apenas alguns segundos, no silêncio da noite, sair com o seu troféu. Cloroformizado e indefeso.
Os McCann e os três filhos, finalmente, saem do apartamento e passeiam-se pela aldeia. O raptor segue-os à distância entusiasmado com o que vê: uma criancinha loira, bonita aparentando ter cerca de quatro anos de idade.
Está encontrada a sua vítima.
Durante a tarde a família é atentamente vigiada à distância. Em algum momento o raptor deve ter estado muito perto de Madeleine, analisando-a disfarçadamente. Certificando-se que era aquela a criança desejada.
No final da tarde o raptor segue os passos dos McCann no seu regresso a casa. Precisa de perceber se a família sai para jantar, quanto tempo demora e o que fazem de seguida, se deitam as crianças e voltam a sair ou se ficam pelo apartamento à noite. Por volta das 20:30 h. os McCann abandonam o apartamento sozinhos e entram no recinto da piscina do Ocean Club! Então quem fica a guardar as crianças? O raptor tenta perceber o que terá acontecido. Sabe que há outros casais amigos em apartamentos próximos e, ao não detectar qualquer movimento no apartamento, fica sem perceber se as crianças aí se encontram deitadas, ou se foram colocadas noutro apartamento, juntamente com as crianças de outros casais. Não lhe parece que estejam à guarda de uma baby sitter porque não há luz na sala, nem televisão acesa, nem quaisquer movimentos… Contudo ele não viu sair as crianças. Poderão os pais ter optado por um qualquer sistema electrónico de escuta colocado no quarto das crianças? Percebe imediatamente que o local onde estacionou o carro para vigiar a parte frontal do apartamento (um pequeno parque de estacionamento frente à recepção do Ocean Club) não é a mais apropriada para apreender todos os movimentos possíveis. O apartamento 5-A tem duas portas de acesso. Uma pelo pequeno jardim frente ao recinto da piscina, com uma janela de correr na varanda que abre pela parte de dentro e a porta principal de entrada, na retaguarda do prédio, junto ao parque de estacionamento do bloco, da qual possui uma cópia da chave. Para poder eficazmente controlar todas as entradas e saídas o raptor entende que tem de controlar simultaneamente os dois acessos. Precisa de ter a certeza que as crianças estão no apartamento e se alguém está com elas, vigiando-lhes o sono. Olha em volta procurando um local apropriado e discreto de onde possa ver as duas portas. Encontra facilmente o abrigo ideal. Em frente ao bloco de apartamentos, do outro lado da rua, mesmo no enfiamento do apartamento dos McCann um pequeno jardim com uma basta palmeira que esconde quem nela se abrigue, protegida por um muro branco, parece o esconderijo perfeito. O raptor deixa para o dia seguinte, à luz do dia, a exploração do local para poder avaliar das possibilidades de aí se acoitar para a sua vigia. Por hoje nada mais lhe adianta em continuar por ali.
2 de Maio 2007
De alguma forma (provavelmente terá sido informado por quem lhe está a pagar para executar o golpe) o raptor soube que os McCann ficariam ainda mais alguns dias na Praia da Luz. Só assim poderia agir sem precipitações e observar atentamente os seus movimentos. Já sabia que presumivelmente regressariam a casa ao final da tarde e que também muito provavelmente repetiriam o jantar com os amigos no restaurante “Tapas” (este restaurante serve jantares aos clientes do resort que adquiriram a estadia com uma refeição diária incluída). É-lhe imprescindível estar já no local quando os McCann regressassem a casa com as três crianças, única forma de ficar com absoluta certeza de como e onde ficariam a dormir os três filhos do casal. Assim, durante a tarde, o raptor foi inspeccionar o locar escolhido para a vigia. Trata-se de um pequeníssimo jardim cercado por um pequeno muro. Um portão de ferro permite o acesso à zona pública e uma escada interna permite o acesso ao terraço do apartamento que nesta altura do ano está completamente desocupado, como aliás todo o bloco, (cerca de 20 apartamentos) que regista uma ocupação mínima. O portão de ferro está apenas fechado por um trinco de lingueta, não necessita de saltar o muro ou forçar o fecho para entrar no pequeno jardim. O acesso é muito fácil e não é presenciado por ninguém, dado aquela ser a zona das garagens do prédio e não haver aí qualquer movimento de pessoas. Debaixo da palmeira com um tronco em forma de um “V” e que proporciona um assento natural, vê-se claramente e a curtíssima distância, tudo o que se passa no apartamento dos McCann. Vantajosamente, as folhas da palmeira, escondem-no por completo dos olhares de qualquer transeunte.
Um pouco antes das 18:00 horas, volta ao pequeno jardim da palmeira. O local permite-lhe total visibilidade da Rua Doutor Gentil Martins que vem do supermercado “Baptista”, como dos dois lados da Rua Doutor Agostinho da Silva; vê distintamente o portão de acesso ao jardim dos McCann e, por entre a folhagem dos chorões do parque de estacionamento, a porta de entrada e o corredor de acesso ao apartamento 5-A. Ainda é dia e o movimento naquela esquina do Ocean Club é muito reduzida. No bloco de apartamentos nas suas costas todas as janelas fechadas indiciam a pouca ocupação do prédio. Finalmente avista os McCann saindo a recepção do Ocean Club. Os dois gémeos num carrinho preto e Madeleine – a sua vítima – pela mão da mãe. Contornam a esquina e o muro do edifício, passam a entrada comum a peões e a viaturas e percorrem o corredor que antecede o seu apartamento. O raptor inicia o período de vigilância. Pelas 20:30 horas, quando o dia começa a escurecer, o casal abandona o apartamento sem as crianças e dirige-se para o “Tapas”. Ninguém entrou entretanto para tomar conta das crianças! O raptor apercebe-se finalmente que os três bebes ficam sozinhos em casa sem qualquer vigilância. Continua escondido um pouco céptico com as facilidades que lhe estão a ser dadas. Precisa de saber por quanto tempo as crianças ficarão abandonadas. Muito depois das 21:00 horas um dos pais volta a casa inspeccionar o sono dos filhos. O raptor compreende como tudo se passa. Resta-lhe ficar no seu esconderijo e observar a que horas voltam definitivamente a casa. Se voltam sóbrios, se os amigos os acompanham… Não vai precisar de consumar o rapto durante a madrugada com os pais adormecidos no quarto ao lado das crianças. Bastar-lhe-á, no dia seguinte, esperar que anoiteça e, imediatamente após uma das inspecções dos pais, entrar e raptar Madeleine. Após mais de quatro horas escondido sobre a palmeira, (e de por lá ter deixado as marcas da sua presença, cujas fotos aqui publicarei de seguida), o raptor abandona o seu refúgio decidido a raptar a sua vítima na noite seguinte.
3 de Maio 2007 Cerca das 17:00 horas o raptor encontra-se já perto do apartamento dos McCann, atento à chegada da família. Provavelmente deixou o carro estacionado no enfiamento da Rua do Ramalhete e do bloco 2 do Waterside Gardens, uma estreita rua inclinada que leva até à urbanização Mariluz. A principal razão porque acredito que não tenha estacionado o seu carro no próprio parque de estacionamento do bloco 5, frente ao apartamento e ao quarto de Madeleine McCann, é a de que o raptor temesse que o carro fosse facilmente reconhecido pelos trabalhadores do aldeamento, ou por possuir algum tipo de inscrições publicitárias que permitissem a sua posterior identificação. Quando o casal regressa a casa já este se encontra de vigia no seu esconderijo. Encostado à palmeira em forma de “V”, para não ser visto do exterior, a cerca de 20 cm. do pequeno muro branco que cerca o minúsculo jardim. O muro tem cerca de 130 cm. de altura e encobre, juntamente com as folhas da árvore, qualquer pessoa que, mesmo de dia, aí se acoite. As várias horas de vigília sempre no mesmo local, vão deixar no local as marcas nítidas dos seus pés. O chão, coberto de casca de pinheiro, vai criando duas clareiras bem visíveis a olho nú. Ainda lá se encontram protegidas pela copa da palmeira que não permite que as chuvas as destruam. Poderão não ser rastos de pés? Podem ser ninhos de algum animal? Não. O local é totalmente fechado, a cancela fechada no trinco, não permite a passagem de animais e estes não fariam duas covas simétricas na parte mais exposta da palmeira.
As marcas da foto são de alguém que passou largo tempo acoitado sobre aquela árvore.
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Não encontro qualquer outra razão para alguém se acoitar naquele local. .
(Foto normal e foto contrastada).
Detenhamo-nos por alguns instantes e tentemos analisar o que terá pensado o raptor durante estas horas que antecederam o rapto. Obviamente que um dos seus primeiros pensamentos terá sido a eventualidade de poder ser apanhado dentro do apartamento ou, posteriormente, interceptado com a criança nos braços. Será lícito pensar que deve ter engendrado uma desculpa plausível para ambas as situações. Ambas são aparentemente muito comprometedoras. EXCEPTO para alguém que se apresente fardado e com as insígnias do Ocean Club (ou de uma empresa de segurança privada a actuar naquela zona). Todos temos tendência para aceitar e acatar as explicações de um indivíduo fardado. Assim, o raptor que provavelmente no seu passado terá constatado a importância de uma farda e o modo como todos aceitamos a sua presença e os seus actos, vestiria uma farda quando efectuou o rapto. Tudo se torna então simples: Se por acaso fosse surpreendido pelos McCann dentro do apartamento no momento do rapto, seria aceite sem grandes reticências uma explicação do género “ouvi uma criança chorar neste apartamento e é meu dever indagar o que se está a passar”. Ninguém lhe perguntaria como entrou e a preocupação dos McCann seria liminarmente o choro da criança. Agradeceriam mesmo o zelo do funcionário. Caso fosse interceptado na rua já com a criança nos braços, diria: “encontrei esta criança inanimada no parque de estacionamento do bloco 5 e estou a levá-la para a recepção do Ocean Club”. (A recepção encontra-se a nascente do bloco 5, no final da Rua do Ramalhete). Qualquer uma destas “esfarrapadas” explicações, devido ao uso de uma farda, dariam credibilidade suficiente ao criminoso, suficiente para lhe permitir escapar-se sem alarme de maior. Obviamente que os mesmos actos perpetrados por alguém em trajo civil, levantariam muito maiores suspeitas. Jane Tanner terá visto, um pouco mais tarde neste dia, um homem fardado carregando uma criança inanimada.
Finalmente, porque me dei ao trabalho de elaborar este cenário do crime?
Porque ele é o mais plausível de ter acontecido. Com maiores ou menores erros de pormenor, ele é o que mais se aproximará da realidade. Não tenho disso qualquer dúvida.
Depois da análise que desenvolvi nos incompletos capítulos anteriores, ressalta o pormenor decisivo para a inocência dos pais: a hora a que foi dado o alarme.
Se estes tivessem cometido o crime de ocultação de cadáver, jamais escolheriam aquela hora para revelar a falta da filha.
Perante um crime e uma “tão elaborada e eficaz ocultação do corpo da pequena Madeleine”, decerto jamais escolheriam uma hora que de imediato os incriminaria no abandono das crianças.
Todos nós (e decerto eles também), nos questionamos de imediato como é possível os pais ausentarem-se para jantar com amigos deixando três crianças abandonadas num apartamento estranho.
Ter-lhes-ia sido muito mais fácil e credível, esperar pela manhã seguinte e encenar o desaparecimento da criança, numa das zonas mais movimentadas da Praia da Luz, durante “uns breves momentos de distracção”.
Simular um rapto dentro de um apartamento, por um pretenso raptor que não deixa quaisquer sinais do seu acto, nem pratica qualquer arrombamento, é no mínimo delirante e revela uma falta de cuidado inexplicável na pretensa encenação do crime.
Tem-me sido argumentado que, por medo que o corpo de Madeleine viesse a ser descoberto, haveria a necessidade de aproximar a hora da descoberta do desaparecimento da criança com o resultado revelado pela autópsia. Daí a precipitação e a escolha de uma hora tão inapropriada.
Não tem cabimento este tipo de argumento:
Se a criança tivesse morrido durante a tarde, ou na manhã desse dia 3 de Maio, (ou mesmo na noite anterior), o exame post-morten revelaria que os pais mentiam quando afirmavam que Madeleine estava viva, pelas 20:30 horas, quando abandonaram o apartamento para jantar no restaurante Tapas.
Bom, então a criança morreria entre as 20:30h. e as 22:00h…
Para além de todo o inverosímil cenário de ocultação do cadáver ser executado no intervalo de duas colheradas, continuar-se-ia a considerar incredível a versão de rapto, pois caso a autópsia revelasse que a criança morrera depois das 20:30h. não faz qualquer sentido um raptor que deliberada ou inadvertidamente mata a sua vítima minutos após o rapto e se dê ao trabalho de esconder tão cuidadosamente o cadáver da criança.
(Além disso, durante os interrogatórios, decerto que os pais tiveram de descrever minuciosamente à PJ os últimos alimentos ingeridos pela criança e esses mesmos resíduos alimentares teriam de ser encontrados no seu organismo, se esta tivesse morrido durante este último espaço de tempo).
Dar o alarme às 22:00 horas não protege de forma alguma os pais de Madeleine para a eventualidade do cadáver da criança ter sido descoberto e autopsiado nos dias imediatos ao seu desaparecimento.
É irrelevante terem dado o alarme à noite ou protelarem a encenação para o dia seguinte.
Teriam assim toda a vantagem (e seria muito mais credível), não o terem feito durante uma ausência indesculpável para jantar com amigos num restaurante afastado do apartamento. Antes de terminar, não quero deixar de lembrar o desaparecimento da pequena Joana da aldeia da Figueira:
Quero frisar que considero alarmantes as diversas coincidências que unem os dois casos:
1 – Num curto intervalo de tempo desapareceram duas crianças do sexo feminino de duas localidades afastadas apenas 14 quilómetros. Joana Cipriano de 8 anos (desaparecida a 12 de Setembro de 2004) e Madeleine McCann de 4 anos (desaparecida a 3 de Maio de 2007).
2 – Ambas desapareceram sem deixar qualquer rastro.
3 – Os pais de ambas as crianças, são aparentemente consideradas culpadas pela PJ.
4 – As investigações centraram-se, em ambos os casos, na procura de evidências que inculpem os pais, em detrimento de uma verdadeira caça ao homem.
É legítimo considerar, perante as “evidências” apresentadas contra Leonor Cipriano, (a mãe de Joana), que a criança possa ter sido efectivamente raptada e o autor do crime ser o mesmo para os dois casos.
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Mariluz O recente desparecimento da jovem espanhola, assemelha-se muito a um óbvio caso de rapto com intenções pedófilas (se é que de facto houve um rapto...) levado a cabo por alguém do bairro. Tudo porque me parece pouco credível que alguém escolhesse precisamente um bairro composto predominantemente por ciganos para raptar uma criança. Um bairro cigano, sempre com muita gente na rua, é naturalmente uma comunidade fechada a estranhos; estes quando por aí se aventuram, são facilmente notados. Passam tão desapercebidos quanto um elefante a ver as montras no Colombo. Alguém do bairro, conhecedor dos seus ritos e conhecido da criança raptou Mariluz.
Caça ao homem:
Pelo que deixo dito neste blog, considero que o raptor de Madeleine, será um indivíduo com menos de 40 anos, a residir no concelho de Lagos. Viverá sozinho levando uma existência solitária, com poucos amigos; trabalhará na indústria turística, provavelmente em manutenção ou vigilância.
Viverá preferencialmente numa casa isolada fora de um aglomerado urbano.
Não deve haver muitos indivíduos com estas características e não será nada de titânico montar uma operação de busca do possível suspeito.
Ou… podemos sempre limitarmo-nos por esperar um novo rapto.
Analista Zero ...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - se este ainda estiver vivo.
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Analista Zero ...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - se este ainda estiver vivo