A Polícia Judiciária, os media, o povo (o mesmo povo que antes batia palmas ao casal McCann...) andam ao sabor das marés. Não param para pensar.

14/09/07

Madeleine McCann - Um rapto





Irei publicando, progressivamente, as seguintes 7 crónicas, (para que "nenhuma pedra fique por levantar"):

English version here

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...Quem é o meu principal suspeito de ter planeado o rapto? - Porque os indícios e as coincidências são óbvias, o suspeito principal é J..., contudo será muito difícil produzir prova que o incrimine, a menos que a polícia encontre o elo fraco da cadeia - o raptor - (se este ainda estiver vivo).
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1 - O casal McCann NÃO PODE ser responsável pelo desaparecimento da sua filha Madeleine.
2 - O desaparecimento de Madeleine McCann NÃO se deve à acção de um raptor ocasional.
3 - Robert Murat NÃO raptou Madeleine McCann. As evidências e as impossibilidades.
4 - Os 3 elementos-chave de todo o mistério.
5 - O "pacto secreto" dos amigos do casal McCann resumiu-se presumivelmente em ocultar o acto colectivo de administração de soporiferos às crianças; este, conquanto socialmente reprovável, não é criminalmente sancionável. (Ainda o de mentirem sobre o espaço de tempo que medeava entre cada inspecção ao sono dos filhos. Crianças sedadas não precisam de ser tão cautelosamente vigiadas).
6 - Madeleine McCann saiu com vida do apartamento na Praia da Luz na noite do seu desaparecimento.
7 - Hipótese 1 (50% de possibilidade):
O rapto encomendado e planeado desde o Reino Unido. A inevitável participação de um dos nove amigos, presentes no jantar no "Tapas", ou de alguém que se relacione directamente com os Mccann. O perfil de um possível conivente no rapto.
8 - Hipótese 2 (50% de possibilidade):
Indívíduo com tendências pedófilas, ex-funcionário de empresa a actuar no Ocean Clube; a residir no perímetro próximo da Praia da Luz. Manterá Madeleine AINDA HOJE em cativeiro. Retrato-robot.
9 - Conclusão.
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Introdução
Absolutamente tudo pode ter acontecido a Madeleine McCann; seria estultice não o admitir.
Um jovem, aparentemente normal, pode ter saído de casa, percorrer a pé a Rua Doutor Agostinho da Silva, deparar-se com a porta entreaberta de um apartamento do aldeamento Oceano Clube, entrar, raptar a pequena Madeleine, matá-la e enterrá-la no jardim da sua casa.
As hipóteses avançadas pela imprensa cobrem todo o terreno: foi, rapto, foram os pais, foi a mãe, foram os amigos... só ainda não li nada sobre a eventualidade do crime ser obra dos gémeos Sean e Amelie.
Não é disso que trata este conjunto de crónicas. Partindo dos (poucos) factos conhecidos, procuro escalpelizá-los, observá-los à lupa e encontrar a lógica que me permita encaixá-los na realidade, calculando-lhes as diferentes probabilidades de terem acontecido.
Este trabalho que estou a fazer aos poucos, (roubando tempo às horas de descanso e entretenimento), é o meu contributo para que Madeleine McCann possa ainda ser encontrada.
Na esperança – que sei muito ténue – de que despolete em algum leitor uma qualquer associação de ideias que leve à descoberta da verdade.
Obviamente que tudo o que escrevo se baseia nos factos que vão sendo libertados pela polícia e pelos media. Gostaria de ter acesso a alguns documentos específicos da investigação policial, de saber se determinadas diligências foram feitas; testar algumas suspeitas.
Sou apenas um cidadão que parou um pouco para pensar, um “Nero Wolfe” de algibeira.
Estou a dar o meu melhor para que esta seja uma reflexão exaustiva, honesta e, se possível, inteligente.
Provavelmente alguns detalhes me escaparão, faço figas para que não sejam determinantes na resolução deste mistério.
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Limitação de responsabilidade:

Kate Healey e Gerry McCann, arguidos no inquérito sobre o desaparecimento de sua filha Madeleine, não foram acusados de qualquer crime e presumem-se inocentes até ao trânsito em julgado de sentença condenatória.

Analista Zero




Crónicas de um atoleiro anunciado